Actas do Primeiro Congresso da Associação Internacional de Lusitanistas: Universidade de Poitiers: 24 a 28 de Junho de 1984

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Palavras-chave:

AIL, Actas do Primeiro Congresso, Poitiers

Sinopse

«Com a publicação das Actas do Primeiro Congresso dou por acabada verdadeiramente a constituição da Associação Internacional de Lusitanistas, pois constituem a prova tangível da sua existência.

Quando, no dia 25 de junho de 1984, se reuniu na Universidade de Poitiers a Assembleia Geral, no intuito de debater os estatutos da Associação por criar, estiveram presentes quase cento e cinquenta Lusitanistas da República Federal da Alemanha, República Democrática Alemã, Áustria, Bélgica, Brasil, Canada, Espanha, Estados Unidos da América, França, Grã Bretanha, Holanda, Itália, Portugal, Suíça, aos quais convém acrescentar os da Argentina, Austrália, Polónia, Romênia e União Soviética, que, ausentes embora, já aderiram ou apoiaram a criação da Associação, de maneira que ficou evidente a internacionalidade da Assembleia.

Compreendem-se, desde logo, duas particularidades da nossa Associação que importa sublinhar: primeiramente, que a iniciativa de a criar só podia nascer fora dos países lusófonos, fora de qualquer organismo oficial e, por conseguinte, e em segundo lugar, devia resultar de uma iniciativa individual, para não dar azo a qualquer suspeita.

Ora, o Iusitanista num país lusófono está, em todo o sentido da expressão, em sua casa, enquanto o lusitanista no estrangeiro, justamente, não está. Na verdade a casa que ele tem é a língua e a cultura de que esta língua é o veículo; daí a premente necessidade que ele sente de se reunir periodicamente com outros da mesma laia. As respostas Ás primeiras circulares mostraram bem claramente que existia a consciência nítida de que era, no fundo, se fosse claramente enunciada, a busca duma certa fraternidade.

É a nosso Associação aberta: a única condição para poder ser sócio é ser docente, pesquisador ou estudioso, o que supõe fé e amor. E também uma vontade constante, pois a experiência mostra que a existência duma Associação como a nossa depende, essencialmente, da coesão e convicção de um pequeno grupo; o número de sócios é e será variável, segundo circunstâncias diversas; é bom sermos o mais numerosos possível, mas não há inconveniente maior em sermos poucos, conquanto, como diz o poeta, sejamos "poucos e bons".»

Sèvres-Anxaumont, 3 de Junho de 1987.

(R. A. Lawton, Presidente da Comissão Executiva)

 

SUMÁRIO
 
CORPOS GERENTES ..........VII

INTRODUÇÃO ..........IX

AGRADECIMENTOS ..........XI

CULTURA PORTUGUESA ..........1

YARA F. VIEIRA, Emblema vivente: um monstro profético do século XVIII português ..........3
MARIA HELENA T. C. UREÑA PRIETO, Literatura emblemática em Portugal (Um livro português de emblemas do século XVIII) ..........25
CARLOS ASCENSO ANDRÉ, Diogo Pires: um símbolo na Diáspora Lusitana ..........49
J. S. DA SILVA DIAS, Cultura e obstáculo epistemológico do Renascimento ao Iluminismo em Portugal ..........65
GRAÇA SILVA DIAS, Um intelectual português perante o amor e o casamento, nos finais do século XVIII ..........79
ROSA ESTEVES, Gabinetes de leitura em Portugal no séc. XIX (1815-1855) ..........95
 

A IDEIA DO BRASIL ..........115

LAURA SCALAMBRIN, Jean de Léry e o Brasil ..........117
MARIA CELESTE PINTO, O «Tratado da província do Brasil» de Pêro de Magalhães de Gândavo ..........129
GIAMPAOLO TONINI, A ideia do Brasil em Ambrósio Fernandes Brandão ..........141
JULIETA DE OLIVEIRA LO GRECO, A ideia do Brasil em P. António Vieira, político e cronista ..........161
MANUEL SIMÕES, O Jesuíta Pietro Maffei e o seu relato do achamento do Brasil ..........171
 

TEORIA DA LITERATURA ..........185

A.CAMLONG, O discurso das figuras e o discurso literário ..........187
 
LITERATURA PORTUGUESA ..........211

JILL R. WEBSTER, Tradições literárias nas crónicas portuguesas do século XV ..........213
JANINA Z. KLAVE, As crónicas de Fernão Lopes como obra literária ..........221
MARIA HELENA RIBEIRO DA CUNHA, O cómico como denúncia da consciência social em Gil Vicente ..........227
T. F. EARLE, A ode na poesia de António Ferreira ..........237
ROGER BISMUT, Les choeurs dans la tragédie «Castro» ..........247
HANS FLASCHE, Particularidades da caracterização linguística do P. António Vieira pelo P. Francisco José de Isla ..........265
MARIA LUÍSA CUSATI, A propósito da «Arte de Furtar» e da sua primeira tradução ..........275
PAULA MORÃO, Cesário Verde e Irene Lisboa: ver a cidade ..........285
ALFREDO MARGARIDO, A homogeneidade da trama do imaginário de Mário de Sá-Carneiro na correspondência, na poesia e na ficção ..........291
ÁNGEL CRESPO, La negación del amor en el livro do Desassossego ..........319
ETTORE FINAZZI-AGRÒ, O «conto im-possível» de Fernando Pessoa ..........335
E. ARRIBAT-PAYCHERE, Álvaro de Campos mais real do que Fernando Pessoa? ..........347
PILAR GÓMEZ BEDATE, El significado del paisaje en la poesía de Eugénio de Andrade ..........355
PIERRETTE ET GERARD CHALENDAR, Le discours de la contre-publicité dans Marketing de Fernando Namora ..........363
T. FREDERICK C. HESSE, GARCIA, Aquilino Ribeiro e o romance urbano ..........373
MARIA LÚCIA LEPECKI, Aspectos da narrativa de preocupação histórica em Portugal, hoje ..........387
GREGORY MCNAB, Realidade e afeição em Mar Rubro de Dias de Melo  ..........395
JOSÉ CARLOS SEABRA PEREIRA, Situação literária do poeta Jaime Cortesão   ..........409

 CAMONIANA ..........433

JOSÉ DA COSTA MIRANDA, Ainda sobre o soneto de Tasso em louvor do Gama e memória de Camões ..........435
SUSANNE S. CORNIL, Uma versão d'Os Lusíadas em dialecto de Liège ..........441
ROBERT MASSART, A morte de Inês ..........445
NICOLÁS EXTREMA TAPIA, Uma versão inédita em Castelhano de Os Lusíadas de Camões por Gabriel Garcia Tassara ..........451
 
LITERATURA BRASILEIRA ..........457

ERHARD ENGLER, O romance «Zero» de Ignácio de Loyola Brandão ..........459
JOHN M. PARKER, Notícia de Bueno de Rivera: um poeta e a sua poesia ..........467
ELLENA RALLE, «Dom Casmurro»: Statu du Narrateur et Fonctions du Discours Metanarratif ..........485
PAUL B. DIXON, O sósia e o quiasmo no conto «Uns braços» de Machado de Assis ..........509
ERDMUTE WENZEL WHITE, Lógica cinematográfica na poesia e na prosa modernista ..........517
REGINA ZILBERMAN, O simbolismo Rio-Grandense e a Literatura Portuguesa ..........525
 
LÍNGUA ..........541

URBANA PEREIRA BENDINHA, A evolução do Português em meio emigrante ..........543
FERNANDO VENÂNCIO, O ensino da literatura a falantes não-nativos: algumas propostas ..........549
LUCIANO CAETANO DA ROSA, As Interacções na Didáctica do Português como língua estrangeira ..........557
GLADSTONE CHAVES DE MELO, As duas vertentes (complementares) da Língua Portuguesa ..........565
KARL-HERMANN KÉRNER, Infinito flexionado e classificação das línguas ..........579
R. A. LAWTON, O género dos deverbais aspectuais em português ..........591
MARIA DO CARMO HENRIQUES SALIDO, Problemática da língua galego-portuguesa na Galiza ..........603
LUÍSA TRIAS FOLCH, Ribero I Rovira: Lusitanista Catalão ..........619

ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE LUSITANISTAS - SÓCIOS ..........627

ÍNDICE 637

 

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