Actas do Segundo Congresso da Associação Internacional de Lusitanistas: Universidade de Leeds: 09 a 15 de Julho de 1987

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Palavras-chave:

AIL, segundo congresso, lusitanistas, Leeds

Sinopse

Nota de Abertura

Reuniu o nosso segundo Congresso, organizado pelo Professor Doutor Laurence W. Keates, uns sessenta participantes, de 9 a 15 de julho de 1987, na Universidade de Leeds (Inglaterra), onde foram apresentadas as comunicações dadas à luz nestas Actas. O congresso de Leeds foi, portanto, do ponto de vista puramente científico, uma manifestação conforme aos objectivos da nossa Associação que, a este respeito, não difere de outras da mesma natureza. Mas, além do interesse puramente científico do nosso encontro, em cada dia que passava sentiam os congressistas nascer e crescer o sentimento, ligado ao lugar e ao ambiente — e também favorecido pelo diminuto número de participantes, — de viverem uma experiência nova.
O facto de a Universidade de Leeds, como todas as Universidades inglesas, ser, em princípio, universidade residencial, facilitou a partir de um conviver quotidiano, uma real convivência fraterna e amistosa que chegou, atrevo-me a dizer, a ser quase familiar. Vivermos num mesmo lugar, tomarmos as refeições juntos, termos a oportunidade de conversar e de discutir ao acaso, e até de cantar e de beber juntos, foi uma experiência tanto do agrado daqueles que tiveram o privilégio de a conhecer, que acabaram desejando que os Congressos vindouros tomassem o de Leeds como modelo. Nada mais natural do que recomeçar uma experiência feliz.
Sentimos que introduzir realmente a convivência, na sua singeleza quotidiana, na organização dos nossos encontros, era um meio eficaz para mudar, por pouco tempo que fosse, a natureza dos nossos encontros, alterando a relação entre os sócios. Ora, foi este o nosso alvo, desde a fundação: procurar, além da defesa e ilustração dos estudos lusitanistas, criar um lugar e um tempo para o intercâmbio, ao vivo, de ideias. O congresso de Leeds foi a prova disto e mostra o caminho que devemos seguir.

R. A. Lawton
Presidente

ÍNDICE

LITERATURA PORTUGUESA ...............................................................................................................................1

T.F. EARLE, António Ferreira e os fados................................................................................................................3
ROBERT CLIVE WILLIS, Camões e a Censura ...................................................................................................17

JEAN OTTEVAERE, Os Portugueses através da relação de viagem e
cativeiro do "Belga" Emmanuel d'Aranda (1640)....................................................................................................27

JOSÉ CARLOS SEABRA PEREIRA, O destino do humorismo romântico
e o realismo lírico de Cesário Verde..........................................................................................................................39

MARIA DE LURDES A. FERRAZ, Eça de Queiroz: romantismo e
ironia realista ...............................................................................................................................................................47

ROSA PORFÍRIA BIZARRO, La Faute de Zola et Le Crime d'Eça
- lecture dune quête ...................................................................................................................................................63

MARIA TERESA PINTO COELHO, 1890 e o Fim-de-Século na Literatura
Portuguesa: o símbolo da Torre no Só e em A Ilustre Casa de Ramires ............................................................73

PEDRO CALHEIROS, Imagens de Fausto na Literatura Portuguesa................................................................. 93

ELISABETH ARRIBAT-PAYCHÈRE, Realidade e irrealidade na obra
poética de Á. Campos: análise semiótica da "Ode Marítima" .............................................................................103

VILSON BRUNEL MELLER, O Neo-Realismo Literário Português:
Barranco de Cegos, de Alves Redol .......................................................................................................................127

HERVÉ BRIARD, Renê Crevel et Raui Pompéia: Deux figures
d'écorchés vifs.............................................................................................................................................................141

MARIA FILIPA PALMA DOS REIS, Alguns aspectos de narcisimo
autoral no romance português do nosso tempo................................................................................................... 149

PIERRETTE et GÉRARD CHALENDAR, Le Corps dans Ia poésie de
David Mourão-Ferreira...............................................................................................................................................165

CARLOS JORGE PEREIRA, Os Cornos de Cronos - romance bicudo?..............................................................175
 

CARLOS ASCENSO ANDRÉ, Um Itinerário (antigo) até uma nova
Casa (do Pó).................................................................................................................................................................191

LITERATURA BRASILEIRA...................................................................................................................................215

REGINA ZILBERMAN. Natureza e mulher - uma visão do Brasil no
romance romântico .....................................................................................................................................................217

R.A. LAWTON, "Helena" de Machado de Assis: um assunto puramente
doméstico ....................................................................................................................................................................235

JOHN PARKER, Para uma retórica da stasis em O galo e o cata-vento
de Mauro Mota ..........................................................................................................................................................247
 

LÍNGUA PORTUGUESA ..........................................................................................................................................259

LUCIANO CAETANO DA ROSA, O pronome pessoal sujeito (neutro)
"ele": uma lacuna nas-descrições gramaticais do Português? ............................................................................261
 

CULTURA ...................................................................................................................................................................271

AUDREY BRASSLOFF, A Igreja Católica no Portugal de hoje ..........................................................................273
 

DOCUMENTOS DA A.I.L. ...................................................................................................................................... 281

Acta da Assembleia Geral .........................................................................................................................................283
Estatutos da A.I.L. .....................................................................................................................................................287
Regulamento Interno .................................................................................................................................................289
Lista de participantes no Segundo Congresso ......................................................................................................299

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